Normalmente, quando se fala em check-up, lembra-se da consulta com um clínico geral, exames de sangue e até testes cardiológicos. Mas você já fez um check-up pneumológico? O alerta vale principalmente para tabagistas (inclusive passivos) e para pessoas com doenças respiratórias – diagnosticas ou com antecedentes.

Quem teve asma na infância, por exemplo, e agora está normalizada, não significa que está curado. Por ser genética, ela pode voltar. “Os sintomas, às vezes, são pequenos e o paciente acha normal, perdendo a chance de tratar precocemente. Quem tem histórico familiar de asma deve procurar um especialista”, afirma o pneumologista e chefe do Pronto Atendimento do Hospital São Vicente, Dr. Luiz Geraldo Pelanda. Nesse caso, um exame clínico geral e a prova de função pulmonar são bastante úteis. O exame de espirometria, conhecido como teste do sopro, mostra o volume e o fluxo do ar que entra e sai dos pulmões. Há ainda os testes microbiológicos e exames de imagem.

Outro sinal importante é a tosse persistente: “Se ela continuar por três ou quatro semanas, mesmo que leve, marque uma consulta com um especialista”. E se você vive dizendo que está gripado, cuidado! Provavelmente não seja gripe ou resfriado e você tenha rinite, sinusite ou alguma alergia de fundo respiratório. A rinite alérgica pode ser parecida com o resfriado comum, o diferencial é o quadro febril e dor no corpo, mas as pessoas nem sempre percebem. “Além disso, muitas vezes a sinusite é subdiagnosticada, porque muitos a relacionam com dor de cabeça. Entretanto, a grande maioria das sinusites não dão dor de cabeça. É muito mais comum ter pigarro e tosse como sintoma de sinusite do que dor de cabeça”, complementa.

O médico também orienta a questão da vacinação para doenças respiratórias, preferencialmente para quem já tem o diagnóstico. Entram as da gripe, anualmente, e também a vacina contra a pneumonia.

E, claro, as consultas são essenciais para tabagistas, tendo ou não sintomas causados pelo cigarro. “É necessário o check-up pneumológico anual. Se ao longo do ano, o paciente não parar de fumar, é preciso voltar novamente nos próximos 12 meses. Isso vale também para fumantes passivos que convivem diariamente com o cigarro”, finaliza.

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