Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado em 29 de agosto

O tabagismo é ainda a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o hábito de fumar está relacionado a 8 milhões de mortes por ano – dessas, cerca de 1,2 milhão são de fumantes passivos. Somente no Brasil, o tabaco ocasiona 443 mortes por dia – cerca de 13% do total de óbitos no país (sem considerar a pandemia), de acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). “O tabagismo é o maior problema de saúde pública do Brasil em tempos normais”, enfatiza o cirurgião oncológico do Grupo Hospitalar São Vicente, Dr. Marciano Anghinoni.

O tabagismo não se restringe ao cigarro, mas também ao charuto, ao cachimbo e ao narguilé, cuja utilização nos últimos anos cresceu muito entre os jovens. “Uma sessão de narguilé de uma hora equivale a fumar cem cigarros”, afirma Dr. Marciano. “Por isso, é preciso criar uma forma de conscientizar sobre os riscos do tabagismo. É preciso parar já”, alerta.

Para tentar conscientizar sobre os malefícios do tabagismo e a necessidade de mudança de hábito, a Organização Mundial da Saúde listou “100 razões para deixar de fumar”. Em época de pandemia, o aviso mais enfático já está no primeiro item: fumantes têm maior risco de desenvolver quadro grave de covid-19. “O motivo principal é porque o sistema respiratório do tabagista é mais frágil e, ao ser infectado, pode ter a saúde mais debilitada e não resistir ao vírus”, explica o médico.

O fumo também está relacionado a outras doenças. “É um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares e também para todos os tipos de cânceres de regiões próximas à boca – traqueia, laringe, faringe, esôfago, além do câncer de pulmão, de pâncreas, do intestino e tantos outros.”

Dr. Marciano lembra que há vários programas de saúde pública para ajudar a pessoa a mudar de hábito. O Governo Federal disponibiliza o número de telefone 136, que apresenta dicas e informações para ajudar a deixar o tabagismo. Nos municípios, as unidades básicas de saúde também mantêm programas para auxiliar a população.