O Hospital São Vicente promoverá duas palestras gratuitas e abertas à população durante o mês de conscientização sobre o Outubro Rosa. Serão no dia 19 de outubro, no Centro de Eventos do Hospital. Às 15h30, o tema será “Câncer de mama – O que aumenta o risco? Como prevenir, Sinais e Sintomas e Detecção precoce, com a oncologista clínica Dra. Raquel C. Dalagnol. Já às 16h, o mastologista Dr. Murilo Saboia falará dos “Tratamentos disponíveis para câncer de mama”.

Durante todo o mês, o Hospital também está arrecadando doações de lenços, turbantes, bonés e gorros tanto para mulheres como para homens em tratamento do câncer. Também está sendo vendida na Tesouraria, uma camiseta em prol da causa, por R$ 35,00, com os dizeres: “Coragem (s.f.): 1. De procurar o médico; 2. De diagnosticar; 3. De enfrentar o tratamento; 4. De encontrar a beleza nas mudanças; 5. De voltar a sorrir.”

O câncer de mama, excluindo o de pele, é o tumor maligno mais frequente nas mulheres, chegando a quase 30% dos casos. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2018, o Paraná registre 3.730 casos de câncer de mama. Apesar da sua alta incidência a boa notícia é que, se diagnosticado e tratado precocemente, ele tem um bom prognóstico. Segundo a oncologista clínica do Hospital São Vicente, Dra. Raquel Cristina Dalagnol, os sintomas incluem o surgimento de nódulos, alterações de coloração ou forma da pele, inversão do mamilo e dor. “Porém, é importante ressaltar que a maioria deles são assintomáticos, sendo detectados através do exame de mamografia, que é de fundamental importância ao diagnóstico.” Segundo ela, muitos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de mama, porém, ainda não se sabe exatamente como alguns podem tornar as células malignas: “Dentre eles destacam-se a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo. Identificando esses fatores de risco, que chamamos de modificáveis, podemos ajudar a prevenir o câncer de mama com a mudança dos hábitos.”

Para o mastologista Dr. Murilo Saboia, o tratamento deve ser individualizado de acordo com a necessidade de cada caso, levando-se em conta vários fatores como tipo e características histológicas do tumor, extensão da doença, idade e status hormonal da paciente, perfil molecular do tumor, entre outros. “Nunca a mais que o necessário para não expor a paciente a possíveis complicações do tratamento, e nunca a menos para não diminuir as chances de cura da doença. Incluem-se no tratamento o local da mama e dos linfonodos, com cirurgia ou associação de cirurgia e radioterapia, e o tratamento do corpo como um todo, com quimioterapia, tratamento hormonal, tratamento com drogas alvo, ou associação entre estes”, explica Saboia.

É preciso destacar também a importância do tratamento multidisciplinar, envolvendo o mastologista, oncologista clínico, radioterapeuta, cirurgião plástico, fisioterapeuta, enfermeiro oncológico, psicólogo e nutricionista, para assim alcançar os melhores resultados.