Dia 21 de dezembro é o Dia do Atleta, uma homenagem aos praticantes de esportes, inclusive os amadores. Com a chegada do verão, é comum o aumento da prática esportiva, principalmente nos parques e praias. Mas nem todo mundo procura uma avaliação médica antes de começar a correr, jogar futebol ou mesmo praticar circuitos funcionais. Quem alerta é o cardiologista do Hospital São Vicente – Funef, Dr. Rubens Zenóbio Darwich. “Antes de começar a prática de exercícios físicos, é preciso procurar um cardiologista. A indicação é fazer no mínimo um eletrocardiograma, um bom exame físico e um ecocardiograma (este, de acordo com a avaliação), para eventualmente ver se não existe nenhum sopro cardíaco ou nenhuma anormalidade na atividade elétrica do coração, que possa exigir um cuidado maior ou algum tipo de investigação mais aprofundada. E, dependendo da faixa etária, teste de esforço, para que se possa avaliar o órgão por completo”, conta. O alerta vale principalmente para pessoas acima de 30 anos de idade, ainda mais atualmente, com o aumento da procura por exercícios de competição como maratonas e corridas de grande performance.

Vale lembrar também que o atleta de final de semana, na verdade, é considerado praticamente um sedentário. “É necessário que a atividade física seja feita de forma progressiva, para que se possa aumentar lentamente sua capacidade, criando uma adaptação de todo o organismo, sem esquecer de não causar lesões osteoarticulares no joelho, quadril e tornozelo, por exemplo. O ideal é que o exercício físico seja feito no mínimo 3 vezes por semana, pelo menos por 30 minutos”, indica o cardiologista.

Quanto à morte súbita, ela pode ocorrer mesmo em quem não apresenta sintomas. “Isso porque metade das pessoas que têm doença nas artérias do coração, apresentam como primeiro sintoma o infarto. Dessas, de 20 a 30% podem ter a morte na primeira hora, ou seja, a morte súbita”, alerta o especialista. “Por isso se torna importante uma avaliação no hospital. Dentro do centro médico temos toda uma equipe para esses cuidados, para que as pessoas possam iniciar atividades físicas, incluindo ortopedistas”, complementa.