Dia 19 de maio é o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais e o mês inteiro é dedicado a ações de conscientização para a doença, seu diagnóstico e tratamento. Por isso, é fundamental falar sobre o assunto.

Apesar de ainda não existir cura para as DIIs, os tratamentos existentes são eficazes e controlam o processo de inflamação, reduzindo os sintomas e permitindo qualidade de vida, conseguindo manter suas atividades estudantis e/ou laborais. Além dos imunobiológicos iniciais, os anti-TNF alfa,hoje os pacientes podem se beneficiar de novos imunobiológicos, com novos mecanismos de ação. São desenvolvidas por engenharia genética, atuando em várias etapas do processo inflamatório, bloqueando substâncias que desencadeiam a inflamação.

Como as DIIs são doenças que desequilibram o sistema imunológico, o objetivo do tratamento é regular essa disfunção. Estas medicações, permitem que o paciente atinja a remissão sustentada, melhorando a qualidade de vida, com redução dos recursos de assistência médica, cirurgias e hospitalizações. O grande objetivo, dos médicos que atendem estes portadores, é conseguir alterar o curso natural da doença, diminuindo com isto, as complicações.

Segundo o último Consenso do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) 2023, os imunobiológicos são recomendados para os casos moderados e graves das DIIs. “A terapia controla a inflamação intestinal e, consequentemente, previne ou retarda o dano intestinal progressivo e suas consequências”, relata a médica especialista em gastroenterologia do Hospital São Vicente, Eloá Morsoletto, sócia-fundadora do GEDIIB.

As doenças inflamatórias intestinais fazem parte do dia a dia de cerca de 10 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, essas doenças vêm crescendo, de acordo com registros do SUS deixando, portanto, de pertencer à categoria de doenças raras, segundo entidades como GEDIIB, Associação Nacional dos Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII Brasil) e Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e da Doença de Crohn (ABCD).

“É preciso salientar a importância do diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o paciente tiver seu diagnóstico definido, mais rápido receberá o tratamento adequado, garantindo sua qualidade de vida, diminuindo a probabilidade de complicações, necessidade de cirurgias, com perda de segmento intestinal”, afirma a gastroenterologista.

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